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Idade com qualidade

José Augusto Menegatti • nov. 20, 2022

              “Acrescente vida aos anos ao invés de anos à vida.” - Hans Selye 

Parágrafo Novo




O que haveria de mais devastador para uma pessoa do que estar impedida de se movimentar? Você se encaixa em alguma destas situações:

 - apenas usa calçados que não precisam ser amarrados e são facilmente calçados?

- tem dificuldade de cruzar a perna e colocar a meia?

- precisa de apoio para levantar-se da cadeira ou sofá?

- fica cansado(a) ao subir uma ladeira?

- tem dor ao dormir um pouco a mais?

Essas são algumas situações indicadoras de restrições da capacidade de se movimentar.

No geral pessoas com dificuldade de se movimentar acabam aceitando como verdade que o processo de envelhecimento é o responsável pela perda da competência motora. E simplesmente vão acrescentando anos à vida, diminuindo sua independência e tornando seu mundo cada vez mais restrito.

Este mito do envelhecimento é uma questão que nos leva à constante pesquisa a respeito da estrutura humana e a capacidade de se movimentar. Não se trata de negar o processo de envelhecimento, mas percebemos que as alterações estruturais e consequentemente funcionais que vão se estabelecendo provém de muitas variáveis. Algumas com certeza estão relacionadas à idade, a maioria, no entanto, está relacionada ao estilo de vida nas sociedades contemporâneas.

Características do desenvolvimento humano 


O bebê ao nascer é hipotônico (mole) na coluna e hipertônico (rígido) nos braços e pernas. À medida que vai crescendo e se desenvolvendo, este tônus (consistência dos tecidos) vai se harmonizando, situação esta que vai permitindo um controle da capacidade de se movimentar cada vez mais requintada atingindo o seu ápice na fase adulta. No transcorrer da fase adulta o que temos percebido é que há uma inversão nesta situação e a pessoa vai se tornando hipertônica na coluna e gradativamente esta rigidez vai se espalhando para todas as articulações. Em nossa opinião, este fenômeno é um dos principais responsáveis pela diminuição no nível de eficiência da capacidade de se movimentar em adultos idosos e é parcialmente evitável ao mudarmos o estilo de vida.

Nossa proposta


Atualmente, nossas experiências com adultos em diferentes idades nos permitiram acabar com alguns mitos a respeito do envelhecer e estão nos levando a encontrar maneiras cada vez mais eficientes para reabilitar e manter a integridade estrutural, a competência funcional e a independência social das pessoas. 

Em termos de movimento, a prática diária de atividades que solicitam amplitudes fisiológicas máximas das articulações, em diferentes direções, com variações de carga que levam a pessoa a gerar força em diferentes contextos é a chave para a manutenção da eficiência.

Porém esta prática tem alguns segredos:


Progressão adequada. Experimentar ações com amplitudes articulares máximas dentro do que cada pessoa é capaz naquele dia, sem dor e com boa organização postural. Com o tempo e a prática, essas amplitudes aumentam gradualmente, sem que seja necessário “alongar” ou “forçar” as articulações.


Frequência durante o dia, senão os efeitos são limitados. Isso significa que fazer apenas uma hora de prática ao dia trará um certo resultado. Este resultado será muitas vezes melhorado se a pessoa fizer várias pequenas sessões ao longo do dia de maneira a interromper e diminuir o tempo que passa sentada, parada ou fazendo atividades repetitivas nos mesmos ângulos articulares.


Além do tipo de movimentação, outras questões do estilo de vida como sono, alimentação adequada e relações sociais são determinantes para a idade com qualidade.




“Eu treino para uma atividade que para mim é a mais desafiadora, instigante, emocionante e imprevisível: A VIDA!“

 José Augusto Menegatti

Por José Augusto Menegatti 20 nov., 2022
“Acrescente vida aos anos ao invés de anos à vida.” - Hans Selye
Por José Augusto Menegatti e Carla Lee 05 jan., 2021
*por José Augusto Menegatti e Carla Lee 
Por Profile Profile 28 fev., 2020
A fragilização humana deixou de ser uma condição observada em adultos idosos e nas últimas décadas passou a estar presente em todas as fases da vida, desde os bebês! Crianças A organização mundial da saúde, que em 2010 havia publicado um guia de atividades orientado para pessoas desde 05 até 65 anos ou mais, publicou em 2019 um guia orientando atividades para bebês e crianças até 05 anos. A razão é a constatação epidêmica de fragilização, sobrepeso e obesidade já nesta etapa da vida. GUIDELINES ON PHYSICAL ACTIVITY, SEDENTARY BEHAVIOUR AND SLEEP FOR CHILDREN UNDER 5 YEARS OF AGE disponível gratuitamente na internet.
Por José Augusto Menegatti e Carla Lee 24 dez., 2019
Vamos falar um pouco de algumas coisas que acontecem em praticamente todos os finais de ano e férias. Grandes comemorações, exageros na alimentação, falta de cuidado com o sono/repouso e excesso de atividades, ou ausência delas! Festas Nas festas de final de ano comemoramos o ano que passou e esperamos por boas coisas no ano que está iniciando. Nestas comemorações os exageros em comidas e bebidas é o que mais acontece! Lembre-se Comemore a passagem do ano, pense nas boas coisas que aconteceram e procure refletir sobre as dificuldades pelas quais passou. Honestamente, a história de que nos últimos dias do ano vale tudo pode trazer grandes prejuízos que podem ser evitados.
Por José Augusto Menegatti e Carla Lee 11 dez., 2019
- Tenho dor nos joelhos, como posso fazer atividade de impacto? - Se atividade de impacto é boa por que tantas pessoas que correm têm problemas no joelho? Bem, em primeiro lugar é preciso ressaltar que quando uma pessoa quer realizar qualquer atividade é essencial que as articulações estejam organizadas, alinhadas e em sincronia com as outras articulações de forma a preservar a integridade e a ordem (morfo)estrutural. Seja ao sentar, levantar, subir e descer escadas, andar, correr, ficar em pé ou mesmo ao pedalar, ou remar! Em segundo lugar existe a questão da progressão na realização das atividades. Pense bem, uma pessoa que não caminha não pode começar a caminhar por uma hora, uma pessoa que nunca correu não pode começar a correr por meia hora seguida, ou seja, comece aos poucos. ORGANIZAÇÃO (MORFO)ESTRUTURAL E HÁBITOS POSTURAIS Vejamos: uma articulação que não apresenta um alinhamento adequado, como os joelhos em ”X” (joelhos em valgo), não permite uma distribuição adequada na pressão nos meniscos medial e lateral (de dentro e de fora), além de este desalinhamento trazer consequências para outras articulações, como tornozelo, quadril e coluna. Agora imagine o que acontece quando essa pessoa caminha por uma hora a uma média de 100 passos/minuto, ou seja, 6.000 passos com esse desalinhamento! Cada vez que ela senta e levanta, sobe e desce escadas, fica em pé, essa distribuição de pressão nos meniscos está acontecendo de maneira ineficiente e provocando desgaste estrutural. Outra situação que está se tornando muito comum na atualidade é a hiperextensão dos joelhos. Pessoas que estendem os joelhos além da vertical (posição neutra da articulação), geralmente o fazem mais por hábito postural do que uma questão genética. Esta atitude pode dar origem a dores na lombar e cervical. É POSSÍVEL MELHORAR O ALINHAMENTO ARTICULAR? Sim, claro, desde que a pessoa compreenda como está organizada, encontre uma melhor organização e alinhamento articular, sem compensações em outras articulações. Certamente é preciso informações para realizar isto de maneira eficiente, e a orientação de um profissional competente pode ajudar muito, além de manter atenção constante aos hábitos posturais prejudiciais e realizar movimentações educativas com frequência. MOVIMENTOS EDUCATIVOS Estar em pé
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